segunda-feira, 28 de abril de 2008

O mito de Cupido e Psique

Um certo dia, Vénus estava admirando a Terra quando avistou uma bela rapariga chamada Psique. Vénus como era uma deusa muito vaidosa e não gostava de perder em matéria de aparência, chamou Mercúrio e disse-lhe para enviar uma carta a Psique.
Quando Psique recebeu a carta ficou admirada por receber uma carta de uma deusa. Mas ficou muito decepcionada quando a leu. Na carta havia uma profecia clamada pela própria Vénus que dizia que Psique se ia casar com a mais horrenda criatura.
Enquanto isso, no Monte Olimpo, Vénus chamou o seu filho Cupido e disse-lhe para ir até à casa de Psique e fazer com que ele se apaixonasse pelo homem mais feio do planeta.
Cupido como gostava muito de sua mãe e não a queria contrariar, foi fazer o que ela mandou. Quando anoiteceu, Cupido foi até a casa de Psique, entrou pela janela e avistou um rosto perfeito com traços encantadores. Ele chegou bem perto dela para ter a certeza que não ia errar o alvo. Quando se preparava para atirar, esticou o seu arco e quando ia soltar a seta, Psique moveu o braço, e Cupido acertou ele mesmo. A partir daquele instante Cupido ficou perdidamente apaixonado pela jovem.
No dia seguinte, Cupido foi falar com Zéfiro (o vento oeste) e pediu para que transportasse Psique para os ares e a instalasse num palácio magnífico, onde era a casa de Cupido. Quando a noite caiu, a moça ouviu uma voz misteriosa e doce:
- Não se assuste, Psique, sou o dono deste palácio. Ofereço-to como presente de nosso casamento, pois quero ser teu marido. Tudo o que vês pertence-te. E tudo que desejas será concebido. Zéfiro estará às tuas ordens! Eu só te faço uma exigência: não tente ver-me. Só sob esta condição poderemos viver juntos e sermos felizes.
Todas as noites, Cupido vinha ver Psique, mas de forma invisível. A rapariga estava vivendo muito feliz naquele lindo palácio. Mas passando os dias Psique ficava cada vez mais curiosa para saber quem era seu marido. Certa noite, quando Cupido veio ver Psique, adormeceu, e Psique escondida e em silêncio pegou uma lamparina e acendeu-a, vendo o belo jovem de rosto corado e cabelos loiros. Ficou encantada. Mas num pequeno descuido ela deixou cair uma gota de óleo no braço do rapaz, que acordou assustado e, ao ver Psique, desapareceu. O encanto todo acabou, o palácio, os jardins e tudo que havia em volta desapareceu. Psique ficou sozinha num lugar árido, pedregoso e deserto.
Desconsolado, Cupido voltou para o Olimpo e suplicou a Zeus que lhe devolvesse a esposa amada. O senhor dos deuses respondeu que um deus não se pode unir a uma mortal.
Mas Cupido protestou. Será que Zeus que tinha tanto poder não podia tornar Psique imortal? O deus dos deuses sorriu lisonjeado. Além do mais como poderia de deixar de atender a um pedido de Cupido, que lhe trazia lembranças tão boas? O deus do amor o tinha ajudado muitas vezes, e talvez algum dia Zeus precisaria da ajuda de Cupido de novo. Seria mais prudente atender o seu pedido. Zeus mandou Hermes ir buscar Psique e lhe trouxesse para o reino celeste.
Então Zeus, o soberano, transformou Psique em imortal. Nada mais se opôs aos amores de Cupido e Psique, nem mesmo Vénus, que ao ver seu filho tão feliz se moveu de compaixão e abençoou o casal. O seu casamento foi celebrado com muito néctar, na presença de todos os deuses. As Musas (jovens encantadas, que eram acompanhantes do deus Apolo) e as Graças (jovens que representavam a beleza e que acompanhavam a deusa Vénus) aclamavam a nova deusa e, assim Cupido viveu a sua imortalidade com o ser que mais amou.

2 comentários:

Anónimo disse...

Demais... Mito verdadeiramente lindo...

Anónimo disse...

Muito Bonito!!!